É consenso comum que o Estado do Pará possui uma das maiores riquezas naturais dentre os demais Estados que compõem a federação. Apesar disso, possuímos um dos menores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) da nação.
Eu me proponho afirmar que isso ocorre apenas pelo modo desagregador da sociedade, que por razões empíricas não deve valer a pena traçar justificativas.
A história recente é testemunha que essa desagregação não se origina de um problema cultural, tendo em vista que no final do século passado a economia do Estado do Pará era a mais próspera dentre as regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste. Entretanto, analisando o comportamento da elite social nessas últimas décadas, não teremos dificuldade em concordar que só existe um único fundamento: a desarticulação da sociedade. Principalmente no que se tange o segmento empresarial, onde me incluo, por ser esta a força motora do desenvolvimento.
É notório que os empresários constantemente vêm se distanciando dos políticos e dos técnicos e com isto envolvendo as demais correntes da população, de modo que seus cidadãos se habituaram a jogar a culpa dos descasos sociais a terceiros, sem se ater que cada um precisaria fazer sua parte.
Neste ensejo seria recomendável o reconhecimento dos nossos erros e desta forma perseguir o enfrentamento de novos condicionamentos. Partindo do princípio que não há narrativa registrada na história do planeta, que alguma sociedade, em algum momento, tenha obtido o progresso atuando de forma desconectada.
Diante do exposto, certamente cabe à sociedade se unir às entidades empresariais, trabalhadoras e educadoras, e formatar um direcionamento irmanados com políticos partidários em prol do desenvolvimento econômico e social.
