Economia

A GUERRA FRIA ECONÔMICA

Os países ocidentais denominados de primeiro mundo, não só se desaperceberam como subestimaram o histórico cultural chinês, dos mais longo formal e informal império constituído no planeta Terra. Esse império teve seu início através da agregação dos povos cinco vizinhos no início no ano de 221 A.C e se desestruturou nas primeiras décadas do século XX com a Revolução Socialista e a derrocada das eras dinásticas, perfazendo portento mais de 2.000 anos. Entre a ascensão e queda, ocorreram apenas alguns interregnos durante determinados período.

A ascendência econômica dos quatro tigres asiáticos, quais sejam: Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan. Na década de 70, dois dos quatro países mencionados, Hong Kong e Taiwan, foram países que fizeram parte da China antes da Revolução Socialista. Estas duas províncias industrializavam a grande parte de seus produtos na China e exportavam aos mais diversos países.

Para efeito de informação, o Império Chinês foi arruinado pelas forças bélicas ocidentais, as quais faziam imposições comerciais, ao ponto de afetar a soberania imperial chinesa. Ademais, no ínterim de algumas décadas, a Índia por ser colônia da Inglaterra e produzia ópio, a Inglaterra país colonizador estabeleceu à nação chinesa o consumo do Ópio em troca da produção de diversos produtos, até atingir o estágio de viciar grande parte da população do país.

Adicionalmente ao exposto, salienta-se que o fortalecimento dos investimentos dos países ocidentais na China se desencadeou pelo interesse da ocupação de espaço político e comercial, tendo em vista que o continente asiático detinha 45% da população do planeta na década de 60 e o equivalente à 1/3 da área terrestre.

Os americanos, na ânsia de acompanhar o desempenho da Europa perante o Dragão Chinês, no período do governo Nixon, através de seu Secretário de Estado, Henry Kissinger, realizaram mais de 40 viagens àquele país com o propósito de manter relações diplomáticas, as quais não ocorriam até então, a fim de permitir que as empresas americanas também pudessem realizar investimentos no país, a exemplo dos demais países ocidentais.

Após inúmeros esforços, os americanos concretizaram a aliança com os chineses mesmo com sinais de desconfiança das partes. A partir de então, o governo dos EUA incentivou os empresários americanos a produzirem na China, e ainda facilitou, de certo modo, a importação de mercadorias advindas da produção destas empresas, e até mesmo de empresas não americanas.

Como resultado dos inúmeros acordos comerciais levou os Estados Unidos da América a adquirir um déficit comercial de trilhões de dólares com o parceiro chinês, ocasionado pela diferença entre importação e exportação destes dois países.

Durante o “glamour” de oportunidades econômicas, os países de 1º mundo, já influenciado pelo entusiasmo dos empresários, não se perceberam que estavam transferindo a sua própria tecnologia de produção ao Dragão Chinês, o que o fortaleceu na corrida de mercado, transformando-o em um concorrente imbatível, ao ponto de chegar a adquirir dependência de importação de seus produtos. Diante do exposto, conclui-se que só no final da década passada, os países de 1º mundo atentaram para a necessidade de criar-se uma forma de se protegerem contra a China. Entretanto, esse intento não será uma tarefa tão fácil, haja vista que, principalmente, pela produção em larga escala, mão de obra acessível e pela infraestrutura facilitadora de logística, a China passou a deter a dianteira no comercio global. Portanto, providências terão que ser formuladas pelos países desenvolvidos, a fim de não desestruturarem suas economias.

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AS PREMISSAS DA REVOGAÇÃO DA PRISÃO EM SEGUNDA ESTÂNCIA

Analisando a trajetória da Lava Jato, recordei-me dos pronunciamentos na época do Juiz Sérgio Moro, no comando do Ministério Público do Paraná, onde mencionou que a continuidade das operações dependeria da participação da sociedade. Tendo o povo atendido esta chamada, por um período de mais de três anos, o MP conseguiu que a justiça encarcerasse criminosos poderosos, algo nunca visto no Brasil.

Entendo que se não houvesse o possível comprometimento de alguns ministros do STF, com os incriminados, o resultado da votação seria mais condizente aos anseios da grande maioria da população. Esta vitória parcial do povo, com certeza criou uma consciência que os rumos de uma Nação democrático, não depende somente da prerrogativa de instituições, mas precisamente da interação de seus cidadãos na condução dos destinos do país.

É evidente que a decisão da Suprema corte abalou a estrutura republicana, desconstruindo o excelente trabalho desenvolvido pela Lava Jato.

Por outra via não resta dúvida que esta resolução, em curto prazo irá dificultar o ingresso de investimento do exterior no Brasil, algo que já estava bem delineado. No entanto, esta funesta decisão aos poucos poderá ter outros contornos animadores, tendo em vista a inevitável aposentadoria do Ministro Celso de Melo no próximo ano, possibilitando desta maneira, que os processos dos réus em curso nos tribunais de primeira e segunda instância, sejam julgados com celeridade pelo Supremo Tribunal. Tendo em conta que as ações que conduziram a soltura dos envolvidos sejam alteradas, tendo como referência o empate da votação ocorrido dia 07 deste mês. Adicionado a está premissa de alteração do quadro do ministro Celso de Melo, o congresso ficará de certo modo aprisionado ao STF e por consequência ao Palácio do Planalto, culminando em uma provável celeridade da aprovação dos projetos dos futuros projetos de interesse do Governo Federal. Desta forma facilitando sobre maneira a progressão desenvolvimentista projetada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.

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O INTELECTUAL ANTICAPITALISTA

Uma gama significante de intelectuais, que dedicaram uma vida inteira a adquirirem conhecimento teórico, por vezes passam a condenar o regime capitalista. Entende-se que alguns o fazem por serem literalmente inábeis a colocarem em prática seus conhecimentos, já que dedicaram a maior parte do tempo estudando. Motivo que os levaram em muitos casos a buscar teorias, que por vezes foram elaboradas através de feitos dos praticantes. Notadamente estes estudiosos precisam se conscientizar que nem sempre um sábio é um intelectual e muitos sábios em sua trajetória de vida nunca sequer escreveram um livro.

Portanto, um seguimento expressivo e imprescindível desta classe tão apreciável em toda e qualquer sociedade, necessita entender que o real aprendizado advém daqueles que de alguma forma praticaram ou praticam o fruto dos seus estudos e conhecimentos. Infelizmente uma pessoa ser apenas intelectual, termina tendo dificuldade de fazer acontecer, de realizar algo. Costumeiramente esses indivíduos realizam o fruto de seus estudos interpretando, escrevendo e ensinando o que os outros irão executar, sem conseguir, de alguma forma, efetuar algo baseado nesses estudos.

Dentro desta concepção, quando uma significante parcela destes intelectuais compreenderem a real natureza do progresso econômico, certamente apoiarão a economia de mercado e passarão a entender que o tempo dedicado somente aos estudos, poderá comprometer seus objetivos econômicos. Também precisam entender que nem todo erudito conseguirá se tornar um empreendedor bem sucedido, bem como nem todo empreendedor poderá se tornar um intelectual, haja vista que ambos os segmentos necessitam dedicar representativa parcela de tempo ao seu objetivo prioritário. Entretanto prudente seria, se antes de darem início as suas carreiras, tivessem traçado suas metas profissionais com maior consciência de causa.

Por sua vez o tempo tem demonstrado que as pessoas somente cultas, nem sempre adquiriram posses materiais expressivas, porém foram eles quem mais registraram contribuição na história da humanidade.

Artigo, Economia

DESAGREGAÇÃO EMPERRA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

É consenso comum que o Estado do Pará possui uma das maiores riquezas naturais dentre os demais Estados que compõem a federação. Apesar disso, possuímos um dos menores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) da nação.

Eu me proponho afirmar que isso ocorre apenas pelo modo desagregador da sociedade, que por razões empíricas não deve valer a pena traçar justificativas.

A história recente é testemunha que essa desagregação não se origina de um problema cultural, tendo em vista que no final do século passado a economia do Estado do Pará era a mais próspera dentre as regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste. Entretanto, analisando o comportamento da elite social nessas últimas décadas, não teremos dificuldade em concordar que só existe um único fundamento: a desarticulação da sociedade. Principalmente no que se tange o segmento empresarial, onde me incluo, por ser esta a força motora do desenvolvimento.

É notório que os empresários constantemente vêm se distanciando dos políticos e dos técnicos e com isto envolvendo as demais correntes da população, de modo que seus cidadãos se habituaram a jogar a culpa dos descasos sociais a terceiros, sem se ater que cada um precisaria fazer sua parte.

Neste ensejo seria recomendável o reconhecimento dos nossos erros e desta forma perseguir o enfrentamento de novos condicionamentos. Partindo do princípio que não há narrativa registrada na história do planeta, que alguma sociedade, em algum momento, tenha obtido o progresso atuando de forma desconectada.

Diante do exposto, certamente cabe à sociedade se unir às entidades empresariais, trabalhadoras e educadoras, e formatar um direcionamento irmanados com políticos partidários em prol do desenvolvimento econômico e social.